sexta-feira, 8 de abril de 2011

Ponto Culminante

Nada mais inspirador que a chuva.
Lá fora a água cai no chão,
Aqui dentro lava as dores.
A alma fica como uma seda pura.

Os trovões estrondam nos ouvidos.
Os relâmpagos iluminam os olhos.
Nessas horas felizes dos comprometidos.
Que podem ser abraçados, e seus medos dissipados.

Os meus cacos eu recolho.
Os meus pensamentos eu acolho.
As dores eu desfolho.
E as lágrimas eu tolho.

Tem sido assim dia a dia.
E eu transponho na caligrafia,
Os sofrimentos do coração e da alma.
E tudo o que escuto é um pouco mais de calma.

O tempo é o senhor do destino.
Mas ele já está por demais adiantado.
Sinto-me acanhado.
Achando-me o próprio inquilino.

É como se meu coração não fosse mais meu.
Como se tudo isso fosse emprestado.
Mas a chuva cai e lava as dores.
Tornando-se assim o meu apogeu.

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