terça-feira, 26 de abril de 2011

Inacabada

Meu peito quase não resistiu tamanha era a saudade que sentia por ti. Por onde andavas enquanto eu te procurava? Confesso que foram dias nublados, o brilho das estrelas estava oculto. Tentei juro que tentei afastar a chuva, o frio e a dor da saudade, mas acho que foi uma tarefa sem sucesso.

Há quem diga que eu estava muito bem, feliz como ninguém. Mas só eu sei o que se passava dentro de mim. Ocultei a minha dor assim como as nuvens fizeram com o brilho das estrelas, assim como fizeram com o teu brilho. 

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Ponto Culminante

Nada mais inspirador que a chuva.
Lá fora a água cai no chão,
Aqui dentro lava as dores.
A alma fica como uma seda pura.

Os trovões estrondam nos ouvidos.
Os relâmpagos iluminam os olhos.
Nessas horas felizes dos comprometidos.
Que podem ser abraçados, e seus medos dissipados.

Os meus cacos eu recolho.
Os meus pensamentos eu acolho.
As dores eu desfolho.
E as lágrimas eu tolho.

Tem sido assim dia a dia.
E eu transponho na caligrafia,
Os sofrimentos do coração e da alma.
E tudo o que escuto é um pouco mais de calma.

O tempo é o senhor do destino.
Mas ele já está por demais adiantado.
Sinto-me acanhado.
Achando-me o próprio inquilino.

É como se meu coração não fosse mais meu.
Como se tudo isso fosse emprestado.
Mas a chuva cai e lava as dores.
Tornando-se assim o meu apogeu.